Os trabalhos de conservação do solo na bacia do Rio Taquari têm prosseguimento e estão em fase de expansão. O Rio Taquari é um importante curso d’água que percorre mais de 800 quilômetros, desde o Sul do Mato Grosso até a planície pantaneira, mas ao longo do percurso apresenta graves problemas de assoreamento que exigiram do poder público e da iniciativa privada intervenções importantes para frear e reverter a situação.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, pontua as ações em andamento no âmbito do Prosolo (Plano Estadual de Manejo e Conservação do Solo e Água) no Alto Taquari como vitais para evitar o carreamento de sedimentos ao leito do rio e o consequente agravamento do processo erosivo. “Essa ação é fundamental porque cessa o problema a partir da parte alta do rio, impedindo que sedimentos sejam carreados à planície. É a primeira e principal providência para dar uma solução definitiva ao problema de assoreamento do rio.”
A Bacia do Taquari compreende os municípios de Pedro Gomes, Camapuã, Alcinópolis, Figueirão, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Coxim e Costa Rica, em Mato Grosso do Sul, além dos municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari, no Mato Grosso. São mais de 270 mil hectares em que 41% do total apresentam risco alto e 25% muito alto de apresentar processos erosivos. O trabalho na Bacia teve início por uma área de 5.375 hectares localizadas na micro bacia do Córrego da Pontinha, em Coxim.
Providências
Os trabalhos de conservação do solo, como a construção de terraços nas lavouras e pastagens, tiveram início no ano passado e prosseguem em ritmo normal. O superintendente de Ciência & Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, acompanhado de técnicos da Secretaria e órgãos vinculados, estiveram em Coxim na quinta-feira (25) da semana passada, vistoriando o andamento das ações na micro bacia do rio Pontinha, que faz parte da bacia do Rio Taquari, e em outras localidades da região.
Essas ações são coordenadas pela Semagro e têm parceria com o Instituto Taquari Vivo, o Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do rio Taquari), prefeituras, entidades representativas dos produtores e proprietários rurais da região. As ações já se estendem por mais de 400 hectares, conforme o superintendente da Semagro, e com o início da temporada de chuvas os trabalhos serão intensificados “porque facilita o levantamento dos terraços”.
O superintendente e técnicos da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) estiveram, também, em São Gabriel do Oeste, na região das nascentes do Rio Aquidauana, que apresenta um sério problema de erosões. A visita foi para verificar as ações de conservação do solo já implementadas e analisar outras providências que sejam necessárias para impedir o avanço e buscar reverter o progresso da erosão.
Prosolo
O Prosolo faz parte de um projeto maior que busca a geração de uma base metodológica para uma economia de baixo carbono em Mato Grosso do Sul, desenvolvendo e adaptando tecnologias para a redução e mitigação das emissões de gases de efeito estufa em vários setores da economia do Estado, contribuindo para atingir os objetivos do Programa Estadual de Mudanças Climáticas – PROCLIMA.
As ações do Prosolo já chegaram aos municípios de Jardim e Bonito em diferentes iniciativas visando a conservação do solo e integridade dos rios da região, e também à bacia do Ivinhema (Sudeste) e na região Sul do Estado, onde está em tratativas um amplo programa com apoio da Itaipu Binacional para preservação dos corpos hídricos subsidiários do rio Paraná.