18 de Nov, 2025
Assembleia propõe medidas para enfrentar crise hídrica em MS com foco nas mudanças climáticas
03 de Nov, 2025

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) concluiu a sistematização das propostas debatidas durante o VI Seminário Estadual da Água, realizado em março, com o tema “Gestão de Recursos Hídricos Frente às Mudanças Climáticas”. O documento, elaborado pela Frente Parlamentar de Recursos Hídricos, coordenada pelo deputado Renato Câmara (MDB), reúne medidas para fortalecer a gestão da água no estado diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Entre as principais propostas estão: inclusão do reuso da água no novo Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH); reconhecimento da reservação de água como utilidade pública e de interesse social; capacitação de gestores públicos e usuários; ampliação da rede de monitoramento da qualidade da água e dos aquíferos; melhorias no fornecimento de energia na zona rural; e reforço na segurança de barragens com foco em áreas de alto risco.

Também está prevista a promoção de reassentamentos de famílias que vivem em áreas vulneráveis, com garantia de infraestrutura e acesso a serviços públicos.

“O VI Seminário da Água mostrou que Mato Grosso do Sul está preparado para avançar em uma agenda que une sustentabilidade, ciência e desenvolvimento, com diálogo, planejamento e compromisso com o futuro”, afirmou o deputado Renato Câmara, que também preside a Comissão de Meio Ambiente da Casa.

Para Andreliz S. Souza, da Gerência de Recursos Hídricos do Imasul, “as proposições oferecem caminhos técnicos e científicos sólidos para orientar o uso e a conservação da água, integrando sustentabilidade, eficiência e compromisso político”.

A gestora ambiental Ana Luzia Abrão destacou a atuação conjunta entre sociedade civil e poder público: “As propostas só serão eficazes com vontade política, desburocratização e valorização das parcerias público-privadas”.

Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande, ressaltou a importância do envolvimento espiritual e ético: “A fé sem obras é morta. E o faz contextualizando o ser humano em suas diferentes dimensões, entre as quais está sua inserção no meio ambiente”.

O relatório final será enviado às instituições parceiras como base para políticas públicas nos níveis estadual e municipal.

Da Redação

Foto: Assessoria




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