03 de Out, 2025
Brigadistas do Pantanal transformam proteção ambiental em oportunidade de renda
01 de Ago, 2025

Em abril deste ano, 32 brigadistas comunitários voluntários da Serra do Amolar participaram de um treinamento de formação e reciclagem no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (PARNA). A capacitação, organizada pela Ecoa com apoio do Projeto GEF Terrestre e parceiros, ampliou as possibilidades de atuação desses moradores, que agora podem trabalhar de forma qualificada e remunerada também em propriedades vizinhas, como reservas privadas, áreas de conservação e fazendas.

Para Edilaine Nogales, integrante da brigada e moradora da Serra do Amolar, essa formação foi decisiva.

“Tenho privilégio hoje de ser formada e trabalhar com essa profissão que, graças a Deus, é reconhecida. […] A oportunidade veio através da Ecoa, da gente fazer essa formação e hoje estar atuando da melhor forma com os EPIs, saber agir da melhor forma e estar apta a trabalhar a hora que é preciso pra prevenção, não só quando estiver pegando fogo”, afirmou.

Edilaine e sua irmã fazem parte de uma equipe de oito brigadistas, representando a força feminina no protagonismo comunitário.

Um dos primeiros resultados práticos do curso foi a contratação da brigada pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Jaguarte para manutenção de aceiros e trilhas nos 48 hectares da propriedade. O proprietário, Diego Viana, destacou o valor dessa parceria e o “conhecimento tradicional dos moradores e moradoras da região, que conhecem cada detalhe da paisagem e desempenham um papel essencial na conservação do Pantanal.”

A manutenção de aceiros, faixas de terra limpas para impedir a propagação do fogo, é fundamental na prevenção de incêndios. Com a formação recebida, os brigadistas oferecem esse serviço com qualidade e segurança, contribuindo para proteger fauna, flora e comunidades pantaneiras.

Edilaine ressalta que a atuação vai além do combate direto às chamas:

“A gente atuou fazendo aceiro numa área particular, e isso é de extrema importância para manter o nosso Pantanal mais vivo e preservando o que nós temos de mais bonito, que é os nossos animais, as nossas florestas, as nossas paisagens e as comunidades aqui do nosso Pantanal.”

O que começou como trabalho voluntário agora também é fonte de renda e valorização cultural, mostrando que é possível unir conservação ambiental e fortalecimento comunitário com os próprios moradores como guardiões do Pantanal.

Da Redação

Foto: Assessoria




Notícias mais lidas