12 de Mar, 2025
Jorge Massacote, o rei do grito pantaneiro, sofre grave acidente e está internado
07 de Fev, 2025

O trabalhador rural Jorge Massacote, conhecido como o rei do “apito” ou do “grito pantaneiro”, está internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande, após sofrer um acidente em uma fazenda em Miranda, no Pantanal sul-mato-grossense.

Segundo familiares, o acidente aconteceu na segunda-feira (3 de fevereiro): “O gerente da fazenda disse que ele caiu do trator e a carreta passou em cima dele”, disse um irmão de Jorge, Reginaldo.

Jani, sobrinha de Jorge que mora em Campo Grande, está acompanhando a internação do tio. Em exclusividade ao site MS De Norte a Sul, ela disse que Massacote sofreu fraturas no tórax e costelas do lado esquerdo e teve perfurações no pulmão, baço e pâncreas: “Ele chegou aqui bem debilitado, foi colocado dreno nos pulmões e ele passou por cirurgia para conter a hemorragia interna”. 

Jorge está entubado na UTI, pois não conseguia respirar sozinho. Além disso, está sendo medicado para controle da pressão arterial e para ajudar os batimentos cardíacos. 

A boa notícia é que nesta quinta-feira (6 de fevereiro), os médicos cessaram com os sedativos e com os medicamentos para controle de pressão: “Até o momento ele está reagindo bem, está tendo um bom pós-operatório e está fazendo alguns movimentos, mas não acordou e continua na UTI", diz a esperançosa sobrinha.  

Amigos de Bela Vista e familiares, onde mora, estão pedindo orações ao carismático amigo, para que retorne o quanto antes, saudável e cheio de alegria.

 

“Apito e bolo frito”

Jorge tem 61 anos, é natural de Bela Vista, sul de Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, e sempre trabalhou em fazendas, na lida com gado. Tornou-se famoso pelos gritos em vídeos gravados por companheiros de trabalho que viralizaram. “Ele é sempre muito divertido, animado, nos momentos de folga com os amigos gosta de tocar violão", diz um amigo próximo. Seus "apitos” se tornaram referência em vinhetas musicais utilizadas por locutores de clubes de laço e de rádios de música sertaneja. 

Tais gritos são conhecidos na fronteira sul-mato-grossense como “sapucay", termo de origem indígena (guarani), muito utilizados na lida com o gado, e também para expressar momentos de alegria em celebrações e ouvindo músicas de ritmos latinos como o chamamé e a polca paraguaia.

Por Fabio Pellegrini 

Foto: Arquivo da família




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