12 de Mar, 2025
Mãe é presa por tentar matar filho de três anos em MS
07 de Mar, 2025

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Anastácio, cumpriu, nesta quinta-feira (6), um mandado de prisão contra uma mulher investigada por tentativa de homicídio contra o próprio filho, uma criança de três anos. O caso, inicialmente tratado como maus-tratos, evoluiu para uma acusação mais grave após surgirem novas provas que indicavam risco iminente à vida da vítima.

A mulher havia sido presa em flagrante no dia 3 de março, após denúncias de que estaria maltratando a criança. Na ocasião, a Polícia Civil solicitou sua prisão preventiva, mas o pedido foi negado pela Justiça. No entanto, após sua liberação, novos elementos foram reunidos, levando a uma nova representação pela prisão, que foi aceita pelo juiz da comarca.

O pedido foi embasado, principalmente, no depoimento do médico que atendeu a vítima, que relatou que a mãe não levou a criança espontaneamente ao hospital, sendo forçada por populares a buscar atendimento. O menino apresentava desnutrição severa, desidratação, múltiplos ferimentos, queimaduras e marcas nos punhos, sugerindo que teria sido amarrado. Segundo o laudo médico, caso ele não tivesse recebido atendimento, poderia ter morrido.

Diante das novas evidências, a Polícia Civil reclassificou o crime como tentativa de homicídio, destacando que a conduta da mãe expôs a vítima a um perigo extremo. Para a delegada Tatiana Zyngier, responsável pelo caso, os maus-tratos não foram episódios isolados, mas sim um padrão constante de agressões físicas e psicológicas, sem que a investigada demonstrasse arrependimento ou remorso.

“A negligência extrema, como a privação de alimento, água e atendimento médico básico, pode ser tão letal quanto outros meios de execução”, afirmou a delegada.

A rápida intervenção de moradores, que obrigaram a mãe a buscar atendimento médico para o filho, foi crucial para evitar um desfecho fatal. A Polícia Civil segue investigando o caso e reforça a importância das denúncias para a proteção de crianças e vítimas vulneráveis.

Da Redação

Foto: Assessoria




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