A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu, nesta segunda-feira (16), a primeira etapa das investigações sobre o grave acidente ocorrido na BR-262, nas proximidades do km 673, que matou duas pessoas e deixou uma criança em estado grave. A tragédia envolveu um ônibus da empresa Andorinha e um caminhão, na manhã do último domingo (15).
Segundo a apuração conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá, o motorista do ônibus teria adormecido ao volante, o que fez com que o veículo invadisse a pista contrária e colidisse frontalmente com um caminhão que vinha no sentido oposto. A conclusão foi baseada em imagens internas do coletivo e no depoimento do caminhoneiro.
O condutor, de 54 anos, será indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, pela morte de dois passageiros, e por lesão corporal culposa, pelas demais vítimas feridas. Como o acidente ocorreu durante o exercício da atividade profissional de transporte de passageiros, o inquérito considera agravantes legais, que podem elevar a pena para até nove anos de detenção, além de suspensão ou proibição do direito de dirigir.
Entre as vítimas fatais está Andrezza das Neves Felski, médica de 27 anos, que atuava na rede pública de saúde de Corumbá e era namorada do delegado Elton Alves de Sá Júnior. Um idoso de 84 anos também morreu na hora. Uma criança e dois adultos ficaram feridos — a criança, em estado grave, foi socorrida e levada para atendimento especializado.
O impacto da colisão foi violento: uma peça do caminhão se soltou, atravessou o para-brisa do ônibus e atingiu os passageiros das primeiras fileiras, segundo relato da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em nota, a Polícia Civil destacou que segue comprometida com a responsabilização de condutores em acidentes com vítimas fatais e reafirmou a importância da prudência no trânsito, especialmente em rodovias com grande fluxo.
Da Redação
Foto: Assessoria