18 de Nov, 2025
Pedro Kemp dá voz à Fetems e cobra fim da precarização na educação estadual
23 de Out, 2025

Por solicitação do deputado estadual Pedro Kemp (PT), a presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Deumeires Morais, usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (23) para defender melhorias urgentes nas condições de trabalho de profissionais da educação.

Kemp, que é 2º secretário da Casa e tem atuação histórica na área da educação, destacou a importância das pautas apresentadas e manifestou apoio total às reivindicações da entidade. "Existe uma distorção muito grande nesse instituto de convocação de professores, porque professores convocados são para substituir os efetivos e não estarem em vagas puras. Hoje a maioria é convocado e recebe metade dos salários dos efetivos, e isso criou uma situação em que fazem o mesmo trabalho e exercem a mesma função", criticou.

Segundo o parlamentar, a prática também prejudica o sistema de previdência do Estado. “Quando aumentam o número de convocados, há um prejuízo para a previdência. O professor convocado tem o direito de receber o FGTS, e isso cria problemas para o Estado. É importante que o Executivo reflita sobre essa situação, realize concurso público e também reconheça a importância dos administrativos”, completou Kemp.

Em sua fala, Deumeires Morais agradeceu o apoio de Pedro Kemp e destacou que a participação na sessão é mais um passo da campanha iniciada em abril pela valorização da educação pública. “Agradeço ao deputado Pedro Kemp que viabilizou essa fala, que é mais um ato de uma grande campanha que iniciou no mês de abril em defesa da Educação Pública. Estamos aqui para manifestar a preocupação da Fetems e de todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação com a qualidade do ensino nas redes estadual e municipal, e com a qualificação dos educadores que atuam nestes locais”, afirmou.

A presidente da Fetems destacou duas pautas centrais da mobilização: a revisão da tabela dos profissionais administrativos com formação superior e a necessidade de realização de concurso público. “É fundamental que seja implementada a tabela, contemplando 74 mil merendeiras que se formaram no nível superior. A segunda pauta é a necessidade da realização do concurso público, porque os temporários têm sido uma prática de gestores do Brasil, não só do Mato Grosso do Sul”, disse Deumeires.

Ela também alertou que a precarização do trabalho docente vai na contramão do que vem sendo debatido no Plano Nacional de Educação. “De cada 10 professores em exercício, 6 são temporários na rede estadual. Somem-se conosco nesta luta pelo direito aos três pilares: o salário, a carreira e a jornada e ainda contribuir para a previdência própria, construindo a educação pública que Mato Grosso do Sul merece”, concluiu.

Da Redação
Foto: Assessoria




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