O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, promoveu na última quinta-feira (4), em São Gabriel do Oeste, mais uma oficina do Protocolo Ipê Lilás. A capacitação reuniu 16 profissionais do Judiciário local, com foco no enfrentamento às diversas formas de violência contra a mulher.
Estiveram presentes a diretora do Foro e titular da 1ª Vara Cível e Criminal, juíza Samantha Ferreira Barione, o juiz Marcus Abreu de Magalhães, da 2ª Vara, e a juíza substituta Leticia Meneguette Celin. Os magistrados destacaram a importância do evento para fortalecer a rede de proteção na comarca.
“Normalmente falamos sobre violência doméstica e familiar a públicos heterogêneos, composto por jurisdicionados e jurisdicionadas. O protocolo Ipê Lilás é uma forma de olhar as mulheres do Judiciário, as que normalmente cuidam e acolhem as vítimas são, agora, também cuidadas e acolhidas”, ressaltou a juíza Samantha Barione.
A oficina abordou temas centrais, como o contexto histórico da violência de gênero, a Lei Maria da Penha, os tipos e o ciclo da violência, além de avaliação de risco, medidas de segurança e acolhimento psicossocial. Também foi reforçada a importância da denúncia por meio do canal interno de atendimento do Protocolo Ipê Lilás.
“O protocolo também permite que homens e mulheres acurem sua percepção para identificar as diversas formas de violência que recaem sobre as mulheres do nosso convívio, auxiliando na identificação das vítimas e trabalhando para interromper ações e ciclos de violência. Sem dúvida é mais um mecanismo muito importante de combate à violência contra a mulher”, completou a magistrada.
A capacitação foi conduzida por uma equipe multidisciplinar com atuação nas áreas de segurança, assistência social e psicologia, incluindo a delegada Aline Gonçalves Lopes, a analista judiciária Ana Eliza Matos, a assistente social Vanessa Vieira e a psicóloga Thalita Barea de Moraes.
Criado para proteger mulheres que atuam no Judiciário sul-mato-grossense, o Protocolo Ipê Lilás vai além das medidas de segurança. A iniciativa também promove reflexão, acolhimento e o fortalecimento de uma atuação jurisdicional mais eficiente e humanizada.
Da Redação
Foto: Assessoria