As obras da Rota Bioceânica avançam em ritmo acelerado e já transformam a paisagem entre Porto Murtinho (Brasil) e Carmelo Peralta (Paraguai). O projeto, que conectará o centro da América do Sul aos portos chilenos de Mejillones, Tocopilla, Antofagasta e Iquique, promete redefinir a logística de exportação entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, abrindo caminho direto para os mercados asiáticos.
O principal marco da construção é a ponte internacional sobre o Rio Paraguai, que está em fase de montagem da passarela de união entre as duas margens. O avanço do chamado “trem de lançamento” já projeta seis metros e quarenta centímetros sobre as barrancas e mais oito metros em direção ao vão central do rio. A previsão é que a ligação entre os lados brasileiros e paraguaios seja concluída até maio de 2026.
Sob responsabilidade do Consórcio PYBRA, liderado pelo engenheiro paraguaio René Gómez e supervisionado pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), o empreendimento é financiado pela Itaipu Binacional.
Do lado brasileiro, as frentes de trabalho incluem a execução das alças de acesso à BR-267, com obras de arte especiais, concretagem de viadutos e instalação de vigas. A terraplanagem deve ser retomada no início de 2026. No lado paraguaio, as empresas LT Engenharia Ltda. e Tecnoedil S.A. executam as obras de acesso à cabeceira da ponte, já em estágio avançado.
Com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2026, a Rota Bioceânica consolidará o Mato Grosso do Sul e o Chaco Paraguaio como eixos estratégicos do comércio internacional. O corredor rodoviário será um marco da engenharia civil latino-americana e um divisor de águas na integração econômica do continente.