A Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Campo Grande reuniu-se na manhã desta quinta-feira (6) com representantes do Executivo para discutir o colapso na manutenção das vias públicas da Capital.
O encontro contou com a presença do secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, e do secretário-adjunto de Finanças (Sefin), Isaac José de Araújo, mas a ausência da titular da pasta, Márcia Hokama, gerou insatisfação entre os vereadores, que esperavam esclarecimentos sobre o uso dos recursos destinados à operação tapa-buracos e aos serviços de manutenção urbana.
De acordo com Miglioli, a Prefeitura enfrenta limitações orçamentárias que têm dificultado a execução dos contratos de manutenção.
“Estamos buscando resolver essa questão financeira para que a gente possa dar respostas o mais rápido possível. Nós temos sete contratos de manutenção de vias em Campo Grande, um para cada região. A hora que colocarmos em ordem essa questão financeira, teremos todas as empresas trabalhando simultaneamente, em ritmo acelerado”, garantiu o secretário.
Diante das justificativas, os vereadores aprovaram durante a sessão desta quinta o Requerimento nº 62/2025, convidando Márcia Hokama para prestar esclarecimentos técnicos e financeiros no próximo dia 18 de novembro, às 9h, na Câmara. O objetivo é obter informações sobre dotações orçamentárias, cronogramas de repasse e liberação de recursos para as obras de tapa-buracos e demais serviços de manutenção viária.
Após a reunião, o vereador Landmark Rios (PT) criticou a falta de planejamento e a situação de abandono das ruas da Capital, destacando que o problema é estrutural e reflete má gestão dos recursos públicos. Segundo ele, alguns prestadores de serviço relataram estar sem receber da Prefeitura, o que tem paralisado frentes de trabalho.
“A situação que está a cidade, Campo Grande, o aumento progressivo dos buracos, foi falado de iluminação pública, foi falado também da ausência de remédios ainda nas unidades de saúde e faltou a secretária Márcia”, afirmou.
O parlamentar reforçou que a reforma administrativa, anunciada pela Prefeitura com o discurso de redução de gastos, não trouxe eficiência e acabou comprometendo serviços essenciais.
“Parece que destinam R$ 250 mil para cascalhamento por região, o que é muito pouco. Temos um supersecretário que quer trabalhar, mas está sem condição porque não tem recurso. Isso mostra que falta prioridade e planejamento. Onde antes havia um buraco, agora tem uma cratera. O que antes custava X, agora custa quatro ou cinco vezes mais pra resolver”, criticou Landmark.
Para o vereador, a falta de investimento preventivo e a demora em agir nas pequenas demandas têm ampliado o custo do serviço e o prejuízo à população. Ele cobrou transparência da gestão e ações urgentes para restabelecer a manutenção urbana e garantir o uso responsável dos recursos públicos.
Da Redação
Foto: Assessoria