Sessão extraordinária marcada para as 8 horas desta segunda-feira (19 de setembro) vai tratar do caso do vereador Ângelo Gari, acusado, por meio de denúncia, de receber salário de servidor da Prefeitura ao longo de 16 meses por não ter ido trabalhar.
Os 13 vereadores de Coxim deverão votar sobre o relatório final da Comissão Processante Especial formada por vereadores integrantes a base do prefeito Edilson Magro na Câmara, Flavio Duarte, Vilmar Vendruscolo e Joao do Posto. O acusado também é aliado do prefeito.
A denúncia sugere crime de peculato e quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Ângelo Gari, já que ele, que é servidor municipal de carreira desde 1999, foi eleito vereador em 2020, mas ao assumir o cargo de vereador não se afastou do cargo efetivo.
A decisão poderia ter sido tomada caso não houvesse compatibilidade de horário entre o seu exercício e o cargo público, mas Ângelo Gari continuou recebendo como servidor efetivo da Prefeitura de Coxim normalmente. Após a denúncia ser encaminhada à Câmara e ao Ministério Público, o prefeito Edilson Magro editou dois decretos tardios, concedendo afastamento ao servidor sob mesmo número e data, porém retroagindo a datas diferentes.
“Maior pizza da história de Coxim”
O vereador Abilio Vaneli se manifestou na última sessão sobre os trabalhos da Comissão Processante: “O relatório final tem documentação capenga, sem confrontar os documentos e concluiu que não há nada de errado. Quero dizer aqui ao vereador Ângelo que não é nada pessoal com vossa excelência, que estimo e admiro, mas como houve uma denúncia nesta Casa, nós temos a obrigação legal de apurar, com isenção, se houve ou não houve a utilização indevida de recursos públicos. Estão assando a maior pizza da história da cidade de Coxim e eu não vou pôr minhas digitais nesse relatório. Vou votar contra se for encaminhado desta forma”.
Em sessão realizada no dia 13 de junho, Ângelo disse na tribuna que o setor de Recursos Humanos da Prefeitura cometeu falhas e por isso ele teria recebido indevidamente, prometendo devolver os recursos recebidos indevidamente.
O Ministério Público Estadual também recebeu a denúncia e abriu inquérito civil para investigar o vereador e também o prefeito Edilson Magro, justamente por editar os decretos que favorecem o vereador.
Entenda o caso: https://msnorte.com.br/novidade/vereador-de-coxim-acumula-cargos-de-gari-e-vereador-com-aval-do-prefeito/476
Fotos: Assessoria Câmara de Coxim